4/28/2011

Biutiful no Museu Laser Segall

Javier Bardem é Uxbal, um médium que não conheceu o pai, tem uma ex-esposa bipolar e cuida sozinho dos filhos. Para se sustentar em Barcelona, ele explora imigrantes africanos como camelôs e agencia chineses na indústria têxtil e na construção civil. Quando descobre que sofre de um câncer terminal, Uxbal, decide que é hora de realizar o Bem.
Biutiful é o contrario do que o tema sugere, agressivo e seco, realidade e também absurdos vivido pelo personagem de Javiem Bardem.
Alejandro González Iñárritu dirigi seu primeiro longa depois do seu rompimento com o roteirista de Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, Guillermo Arriaga, mas a maneira de enxergar e diagnosticar as doenças do mundo não mudou.
Um filme pesado, carregado de sofrimento e de um final que não irá agradar aos modernos do cinema. Não leve pipoca, muito menos refrigerante, quem sabe uma água e no maximo um lenço.
Cortando ao meio tudo o que vi ultimamente e finalmente, acredito que Biutiful merece todo o aplauso da dor ao que veio.
Escolhi o Cinema Lasar Segall em SP para assistir este filme e como companhia a dona Natalia Diogo
Ótimas escolhas!
O Cine Segall, com 92 lugares, é um espaço que desempenhou um papel importante na vida cultural de São Paulo nas décadas de 70 e 80, com a exibição de filmes proibidos pela ditadura e mostras especiais que davam ênfase ao cinema independente. Hoje, ele exibe filmes do circuito de artes paulista e é um dos grandes responsavéis pelo aumento de visitas ao Museu nos últimos anos.
A Programação você pode acompanhar aqui: http://www.museusegall.org.br/mlsCineSegall.asp?sSume=33
Aproveite para andar pelo museu, intimista e aconchegante, conheça as obras de Laser Segall, veja fotos e acompanhe a trajetória da arte no Brasil.
Porém, podia ser melhor, Só faltou um café.

4/13/2011

Essa minha fase outono,penso em você

Você disse que não sabe se não

Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...
Eu levo a sério, mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá que não quer meu calor
São jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não

4/11/2011

Todo mundo mata, todo mundo morre um pouco

Não tinha falado sobre o acontecimento da escola de Realengo no Rio de Janeiro, parece que todo mundo ja tinha falado demais, o mundo me assusta.
Mas até então, não tinha visto uma cena e achoq ue nem precisava ver, mas uma coisa me chamou muito a atenção.
Depois que o atirador foi morto e ocorreu a invasão na escola, havia um aluno caido no corredor, baleado, agonizando, pedindo ajuda. Todos passavam por ele, por instantes, quase foi pisoteado pelas pessoas que entravam correndo.Ele pedia ajuda, estendia as mãos, ninguém parava, nem o policial, nem curiosos, nem mães, pais, amigos...ninguém....Ali ele ficou, foi levado ao hospital ja inconciente e permanece em coma.
Até ficar inconciente, imagino como esse garoto deve ter sentido medo, frio e desamparo.
Pessoas frias, pessoas que corriam e se importavam apenas com seu própio umbigo, pessoas que agora choram em coro, pessoas que se unem para falar sobre a paz.
Sei bem como é ter medo, como é achar que a vida escorre por entre os dedos e tudo o que você mais quer é uma mão, é alguém lhe dizer que vai dar tudo certo.
Se sentir acolhido pode mudar muita coisa, mas agora ja é tarde.
Vi pessoas que entraram naquela escola, sem ter nenhum parente lá, entraram apenas pela curiosidade e pela vontade de fazer justiça, sendo que a maor justiça era apenas estender a mão.
Todos que ali passavam e viam o menino pedindo ajuda, mataram um pouco a esperança dele, e todo mundo que viu a cena morreu um pouquinho com esse menino.